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1 - 200 Anos da Chegada da Familia Real Portuguesa ao Brasil

SOBRE OS SELOS

No se-tenant, composto por dois selos, na imagem à direita, o artista retrata a partida do navio com a Família Real de Portugal, caracterizada, também, pela despedida das pessoas que permaneceram no país. O selo à esquerda apresenta, em primeiro plano, a figura de D.João, tendo, ao fundo, ícones das duas cidades brasileiras, Salvador e Rio de Janeiro, onde as embarcações portuguesas, respectivamente, chegaram ao Brasil. O se-tenant tem como elemento comum o navio, simbolizando a partida e a chegada da Corte. Foi utilizada a técnica de fotografia, desenho e computação gráfica.


A vinda de D. João e da Família Real Portuguesa para o Brasil

D. João chegou a Salvador em 22 de janeiro de 1808. Seis dias depois, decretava a abertura dos portos brasileiros às nações amigas. Logo em seguida, criava a Escola Médico-Cirúrgica da Bahia. Com o primeiro ato, desmanchava o monopólio colonial: doravante, o Brasil poderia comerciar com qualquer país e não apenas com a Metrópole ou com a intermediação portuguesa. Com o segundo, criava a primeira instituição de ensino superior em terra brasileira. As duas decisões quebravam a estrita dependência com que Lisboa mantinha os seus dominios americanos e prenunciavam as grandes reformas que D. João faria na vida brasileira.

Ao trasladar-se com a Familia Real para o Rio de Janeiro, onde desembarcou em 8 de março de 1808, o Principe Regente mudava a capital portuguesa de Lisboa para o Brasil. Não chegava ao Rio como foragido ou exilado, mas como soberano em solo seu. E, entre os seus súditos, resguardaria a dinastia das humilhações a que Napoleão submeteu tantas outras, manteria a integridade do território de Portugal e conservaria as suas possessões no resto do mundo.

Com sua vinda, D. João mudou inteiramente o Brasil. Para onde quer que se olhe, atualmente, é difícil que não se veja um gesto fundador seu. Ele teve, ajudado por conselheiros como Rodrigo de Souza Coutinho, de refazer no Brasil o Estado português, de recriar as estruturas que deixara do outro lado do oceano e de inventar novas. Desfez a proibição de que houvesse indústrias no Brasil, ditou o regulamento da Administração Geral dos Correios, estabeleceu a Impressão Régia, que, além de publicar documentos oficiais e o primeiro jornal que teve o pais, a Gazeta do Rio de Janeiro, se transformou numa grande casa editora, e criou - a enumeração não é completa - o Conselho de Estado, o Conselho da Fazenda, o Conselho Supremo Militar e de Justiça, o Arquivo Militar, o Tribunal da Mesa do Desembargo do Paço e da Consciência e Ordens, ou seja, o Judiciário Independente no Brasil, a Intendência Geral da Policia, a Junta do Comércio, Agricultura, Fábricas e Navegação, o Arsenal de Marinha, a Fábrica de Pólvora, o Banco do Brasil, uma escola médica, a Academia dos Guardas-Marinhas, a Academia Militar, uma escola de comércio, o Museu Nacional, a Escola de Ciências, Artes e Oficios, a Biblioteca Real e o Jardim Botânico. Durante sua estada, o país tornou-se um outro e progrediu num ritmo que nunca dantes conhecera. Daí que, entre 2008 e 2021, tantas entidades brasileiras comemorem seus 200 anos de fundação ou de transferência para o Brasil. Nesse último caso está o Corpo de Fuzileiros Navais.

Em 16 de dezembro de 1815, D. João igualou num reino unido o Brasil a Portugal. E, em 6 de fevereiro de 1818, quase dois anos depois da morte de D. Maria I, fez-se aclamar rei no Rio de Janeiro. É de crer-se que não tivesse a intenção de retomar a Lisboa e desejasse transformar o Rio, de provisória, na capital permanente do Reino. Forçado pela revolução liberal portuguesa de 1820 a voltar para a Europa, deixou um pais muito melhor do que aquele a que chegara treze anos antes e com a estrutura montada de um estado, pronto para se tornar independente. Por isso, pode-se datar da chegada de D. João e da Família Real ao Rio de Janeiro o início do processo de emancipação politica do Brasil.

Os selos postais desta emissão têm o importante papel de registrar os 200 anos de um fato histórico que alterou a rotina política, econômica e sociocultural do Brasil, contribuindo para o seu desenvolvimento, ao mesmo tempo em que prestam homenagem aos reis de Portugal e aos seus descendentes, personagens queridos de nossa história.

Comissão para as Comemorações pelo Bicentenário da Chegada de D. João e da Família Real Portuguesa ao Rio de Janeiro

DETALHES TÉCNICOS

Edital nº 1 Arte: José Luís Tinoco Processo de Impressão: Ofsete Forma de emissão: Se-tenant com 2 selos Folha: 30 selos Papel: Cuchê gomado Valor facial: R$ 2,00 cada selo Tiragem: 1.020.000 selos Picotagem: 11,5 x 12 Área de desenho: 37,5mm x 25mm Dimensões do selo: 40mm x 30mm Data de emissão: 22/1/2008 Locais de lançamento: Salvador/BA, Rio de Janeiro/RJ e Lisboa/Portugal Peça Filatélica: Envelope de 1° Dia de Circulação Tiragem: 10.000 Impressão: Casa da Moeda do Brasil Prazo de comercialização pela ECT: até 31 de dezembro de 2011 (este prazo não será considerado quando o selo for comercializado como parte integrante das coleções anuais, cartelas temáticas ou quando destinado para fins de elaboração de material promocional). Versão: Departamento de Filatelia e Produtos/ECT.

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Foram montadas algumas peças filatélicas, com base nos selos e no envelope(FDC).


Quadra com carimbo comemorativo "200 anos da Chegada da Familia Real Portuguesa ao Brasil"

Maximo postal "200 anos da Chegada da Familia Real Portuguesa ao Brasil"

Maximo postal "200 anos da Chegada da Familia Real Portuguesa ao Brasil"

Maximo postal "200 anos da Chegada da Familia Real Portuguesa ao Brasil"

Maximo postal "200 anos da Chegada da Familia Real Portuguesa ao Brasil"

Maximo postal "200 anos da Chegada da Familia Real Portuguesa ao Brasil"

Maximo postal "200 anos da Chegada da Familia Real Portuguesa ao Brasil"

Maximo postal "200 anos da Chegada da Familia Real Portuguesa ao Brasil"

Maximo postal "200 anos da Chegada da Familia Real Portuguesa ao Brasil" (Monumento a Dom João VI - Praça XV, Rio de Janeiro)

Maximo postal "200 anos da Chegada da Familia Real Portuguesa ao Brasil" (Monumento a Dom João VI - Praça XV, Rio de Janeiro)

Maximo postal "200 anos da Chegada da Familia Real Portuguesa ao Brasil" (Monumento a Dom João VI - Praça XV, Rio de Janeiro)

Maximo postal "200 anos da Chegada da Familia Real Portuguesa ao Brasil" (Monumento a Dom João VI - Praça XV, Rio de Janeiro)

Envelope circulado, registrado, com se-tenant e carimbo comemorativo "200 anos da Chegada da Familia Real Portuguesa ao Brasil"

FDC, circulado, registrado, com se-tenant e carimbo comemorativo "200 anos da Chegada da Familia Real Portuguesa ao Brasil"

FDC, circulado, com um dos selos e carimbo comemorativo "200 anos da Chegada da Familia Real Portuguesa ao Brasil"

FDC circulado, com um dos selos e carimbo comemorativo "200 anos da Chegada da Familia Real Portuguesa ao Brasil"

FDC, circulado, com se-tenant, carimbo de circulção da agência "D.João VI" e carimbo comemorativo "200 anos da Chegada da Familia Real Portuguesa ao Brasil"

Envelope "MALA FILATÉLICA", com carimbo de Lisboa, Salvador e Rio de Janeiro, com se-tenant, e carimbo comemorativo "200 anos da Chegada da Familia Real Portuguesa ao Brasil"

FDC de Portugal, com se-tenant e carimbo comemorativo, emissão conjunta Brasil-Portugal.
Adquirido da Filatelia 77

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2 - 200 Anos da Abertura dos Portos às Nações Amigas/200 Anos de Comércio Exterior/200 Anos do Banco do Brasil

Desenvolvimento: João Alberto Correia da Silva