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4 - 200 Anos da Chegada da Familia Real Portuguesa ao Brasil/200 Anos da Faculdade de Medicina da Bahia/200 Anos da Faculdade de Medicina da UFRJ

Na imagem do selo da Faculdade de Medicina da Bahia, é retratado o suntuoso prédio em tom bicolor amarelo e marrom, remetendo às tradições da Instituição, e o Elevador Lacerda, marca inconfundivel da cidade de Salvador. Os fortes tons de cor são referência à cultura baiana. Na imagem do selo da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro, o céu e o prédio são retratados em tons de azul, que aludem à cor de destaque na bandeira do estado fluminense. A imagem da estátua do Cristo Redentor, ícone do Rio de Janeiro, remete, imediatamente, à capital carioca, onde se localiza a Instituição. São elementos comuns nos selos, a coroa que representa Portugal, um trecho da citação do Juramento de Hipócrates e a presença do símbolo da Medicina, personificado no bastão envolto pela serpente. Tradição e modernidade se complementam, representadas pela coroa, pelo símbolo da Medicina e pelas linhas arquitetõnicas. O tom de cor graficamente esmaecido denota a passagem do tempo, e a tarja vertical destaca o bicentenário das Instituições. Foi utilízada a técnica de computação gráfica. Texto do edital)

200 Anos da Chegada da Família Real Portuguesa ao Brasíl: Faculdades de Medicina da Bahia e da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Marcos do Ensino Superior no Pais.

A chegada da Familia Real incentivou a criação, no Brasil, de importantes instituições que impulsionaram o progresso do Pais. A determinação de D. João VI instituindo as Faculdades de Medicina na Bahia e no Rio de Janeiro significou a abertura para a educação e o conseqüente desenvolvimento da então Colõnia.

200 Anos da Faculdade de Medicina da Bahia

Como colõnia de Portugal, o Brasil permaneceu mais de 300 anos sem autorização para oferecer cursos superiores. Só em 18 de fevereiro de 1808, com a criação da primeira escola médica do Pais, em Salvador, Bahia - a Faculdade de Medicina da Bahia -, o Principe Regente, D. João, deu inicio ao fim do bloqueio educacional que impedia o desenvolvimento da nação.

Foi com a escola médico-cirúrgica da Bahia que começaram a florescer o ensino, a ciência e a cultura no então império tropical português. Nesses 200 anos, a Faculdade de Medicina da Bahia foi a primeira a semear o desenvolvimento da arte médica no Pais.

A participação de seus funcionários, estudantes e professores em momentos históricos importantes para o Brasil deu origem, ainda no século XIX, às primeiras Ligas Acadêmicas e aos primeiros Grupos Associativos do Movimento Estudantil, propulsores dos embates em prol do fim da escravidão, da defesa do ideário republicano e da recuperação do Estado de Direito, sempre que as liberdades democráticas foram usurpadas.

Esse engajamento levou á invasão da sede mater da Faculdade de Medicina da Bahia por tropas governamentais, em 22 de agosto de 1932, o que não impediu a sua ativa participação na campanha o "Petróleo é Nosso", na resistência ao Golpe de 1964 e, nos anos 80, no movimento universitário pela reconstrução da Democracia.

O voto feminino também foi uma das bandeiras levantadas pela Faculdade. Sua primeira docente, Dra. Francisca Praguer Fróes, liderou, nos anos 30, a luta por esse direito, sendo também uma das primeiras mulheres brasileiras a publicar artigos em revistas especializadas. Nesse aspecto, a Faculdade de Medicina da Bahia já havia sido inovadora, quando diplomou, em 1887, a primeira brasileira graduada no Pais em Medicina - Dra. Rita Lobato Velho Lopes.

Outros pioneirismos da Faculdade datam do inicio do século XX: o uso clinico dos Raios X no Brasil, com o professor Alfredo Thomé de Britto, e a implantação do Instituto Médico-legal da Bahia, mais tarde, Instituto Médico-legal Nina Rodrigues, em homenagem ao professor Raymundo Nina Rodrigues, fundador da Medicina Legal e da Etno-Psiquiatria no Brasil.

Apesar da importância desses acontecimentos, foi no final do século XIX que surgiu um dos movimentos científicos mais proficuos, a Escola Tropicalista Baiana. Grande parte de suas contribuições originais foram descritas na primeira revista especializada do Brasil, a Gazeta Médica da Bahia, criada em 1866.

Membro da Escola Tropicalista Baiana, o professor Manuel Pirajá da Silva, em 1908, descreveu as bases fundamentais para a caracterização do Schistosoma mansoni, causador da esquistossomose. A descoberta foi essencial para o maior entendimento e controle dessa doença endêmica.

No entanto, o maior tributo da Faculdade de Medicina às futuras gerações foi ser a célula formadora da Universidade Federal da Bahia (UFBA), fundada em 1946, que teve como primeiro reitor o principal incentivador da criação da Universidade, o diretor da Faculdade de Medicina da Bahia - professor Edgard Rego Santos.

Prof. José Tavares Neto - 41° Diretor da Faculdade de Medicina da Bahia

200 Anos da Faculdade de Medicina da UFRJ

Em 1808, com a vinda da Corte portuguesa para o Brasil, foram criados os primeiros cursos médicos no Pais, na Bahia e no Rio de Janeiro. Os primeiros cursos no Rio de Janeiro funcionaram nas dependências do Real Hospital Militar, no Morro do Castelo, antigo Colégio dos Jesuitas.

A independência marcou a progressiva institucionalização da escola médica, até que, em 1826, D. Pedro I autorizou a Academia Médico Cirúrgica a emitir seus diplomas e reconhecer aqueles emitidos fora do Pais, para os profissionais que aqui pretendiam exercer a profissão.

Em 1832, o ensino médico sofreu extensa reforma, e a antiga Academia Médico Cirúrgica passou a se chamar Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro. Pouco mais tarde, transferiu-se para o prédio anexo à Santa Casa de Misericórdia, na Rua de Santa Luzia. Ampliando suas atividades, passou a ocupar diversos prédios da cidade, mantendo sua sede no anexo da Santa Casa até a inauguração, em 1918, do edificio-sede, na Praia Vermelha.

Durante o século XIX, a Faculdade passou a ministrar, além do curso médico, os de Farmácia, Obstetrizes e Odontologia. Em seu reinado, costumava, D. Pedro 11, com freqüência, visitar a Faculdade de Medicina, havendo relatos de sua presença nas aulas práticas de laboratório. As formaturas, muitas vezes presididas pelo Imperador, eram realizadas no Colégio de Pedro 11, onde aconteceu, em 1888, a formatura de Ermelinda Vasconcellos, primeira mulher a se graduar em medicina na Faculdade.

A progressiva estruturação dos cursos é contemporânea da estruturação do ensino em vários niveis e de acirradas discussões sobre a implantação da universidade no Brasil. Professores e alunos da Faculdade são atores destacados neste cenário. Essa fecunda experiência acadêmica e a presença fisica em tantos lugares da cidade do Rio de Janeiro são marcadas ainda hoje pela memória da escola médica, presente em tantas unidades da UFRJ e em instituições como a Academia Nacional de Medicina, a Sociedade de Medicina e Cirurgia do Rio de Janeiro e a Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro.

Em 1920, com a criação da Universidade do Rio de Janeiro, primeira do Pais, a Faculdade de Medicina passou a integrá-Ia, juntamente com a Faculdade de Direito e a Escola Politécnica. Do seu quadro de docentes, saiu o primeiro Reitor - Ramiz Galvão

Hoje, a Universidade Federal do Rio de Janeiro e sua Faculdade de Medicina, bicentenária, continuam sendo centros de excelência do Ensino Superior do Pais.

Prof. Antonio José Ledo Alves da Cunha Diretor da Faculdade de Medicina da UFRJ.

Detalhes Técnicos

Edital nº 4

Arte: Maria Maximina Processo de Impressão: ofsete Folha: 30 selos, sendo 15 de cada motivo Papel: cuchê gomado Valor facial: 1° Porte Carta Comercial Tiragem: Faculdade de Medicina da Bahia: 300.000 selos; Faculdade de Medicina da UFRJ: 300.000 selos.Picotagem: 11,5x 12 Área de desenho: 35mm x 25mm Dimensões do selo: 40 mm X 30 mm Data de emissão: 18/2/2008 Locais de lançamento: Salvador/BA e Rio de Janeiro/RJ Impressão: Casa da Moeda do Brasil Versão: Departamento de Filatelia e Produtos/ECT. (Texto do Edital)

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Foram montadas algumas peças filatélicas, com base nos selos e no envelope (FDC). Como o envelope só foi disponibilizada na Agência Filatélica de Curitiba algum tempo depois da data de lançamento, também foram utilizados envelopes comuns para preparo de correspondência circulada com data do dia de emissão (carimbo de postagem) e incluindo a aposição do carimbo comemorativo do 1º dia de circulação. Alguns filatelistas (em cujo grupo me incluo) costumam, sempre que possivel, preparar conjuntos múltiplos de selos - normalmente quadras - mediante aposição do carimbo comemorativo.

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5 - Primeira Conferência Nacional de Juventude

Desenvolvimento: João Alberto Correia da Silva