O selo enfoca a simulação de um desembarque em praia, mostrando os meios utilizados pelos fuzileiros navais, em terra, na água e no ar. Em primeiro plano, temos três elementos do pelotão, efetuando a operação do desembarque e reconhecimento. Em segundo plano o navio, exclusivo de utilização dos fuzileiros navais, o NDCC Mattoso Maia (navio de desembarque de carros de combate) em apoio tático e logístico. Acima, uma imagem do helicóptero Super Puma do esquadrão HU-2 da Marinha do Brasil, em ação, utilizado pelos fuzileiros navais em salto ou rapel. A arma simboliza a atuação dos fuzileiros navais como defensores da Pátria. Nos cantos superiores foram aplicados os brasões oficiais da Marinha do Brasil e do Corpo de Fuzileiros Navais. A arte está formada pela representação de diversas imagens fotográficas, combinadas em computação gráfica.
Com esta emissão os Correios vêm assinalar, por meio da Filatelia, a missão de divulgar importantes instituições criadas ou transferidas para o Brasil em 1808, com a chegada da Família Real Portuguesa, entre elas o Corpo de Fuzileiros Navais, notável instituição militar da Marinha do Brasil.
O Corpo de Fuzileiros Navais originou-se da Brigada Real da Marinha, Unidade de Soldados Marinheiros criada em Portugal, por alvará da Rainha D. Maria I, em 1797.
A Brigada Real logo angariou a confiança do Príncipe Regente, garantindo a segurança da Família Real e da Corte Portuguesa em sua transferência para o Brasil, tendo aportado no Rio de Janeiro em sete de março de 1808.
Logo após sua chegada ao Brasil, o Príncipe Regente D. João, em represália à invasão de Portugal pelas tropas do General Junot, determinou a tomada de Caiena, na Guiana, ocupada por franceses, a qual, após intensos combates, rendeu-se a quatorze de janeiro de 1809. Esse episódio histórico foi o batismo de fogo dos Fuzileiros Navais. Mais tarde, nas guerras de Independência, na região do Rio da Prata e no Paraguai, destacaram-se em diversas ações bélicas, particularmente na Batalha do Riachuelo e na Passagem de Humaitá.
Hoje, o Corpo de Fuzileiros Navais é constituído por cerca de quinze mil militares, todos profissionais. No contexto da estratégia naval, é empregado, por excelência, na projeção de força bélica sobre determinado território. Para tanto, a tropa deixa os navios utilizando veículos especiais para operações de desembarque, carros anfíbios ou helicópteros, com apoio de fogo naval e aeronaval, promovendo o combate em terra, alicerçado em seus próprios meios, os quais incluem blindados, artilharia de campanha, artilharia antiaérea, engenharia de combate e equipamentos de comunicação e de guerra eletrônica.
Os Fuzileiros Navais podem ser acionados em diversas ocasiões que demandem pronta ação, como o controle de momentos de crise, bem como em missões humanitárias e de paz. Como exemplo, destaca-se a atuação de um Grupamento Operativo de Fuzileiros Navais, com 230 militares, na atual Missão de Estabilização da Organização das Nações Unidas no Haiti - MINUSTAH.
Entre as instituições mais tradicionais do País, o Corpo de Fuzileiros Navais é facilmente reconhecido por seu uniforme vermelho garança, usado em datas especiais, e o característico gorro de fita. Respeitados pela população, que admira o garbo de seus integrantes e as evoluções de suas famosas bandas marcial e sinfônica, os Fuzileiros Navais, marinheiros de terra e soldados do mar, constituem exemplo de profissionalismo e dedicação à Pátria e à Marinha do Brasil há 200 anos. Sua presença nos três ambientes, terra, mar e ar, originou o lema "ADSUMUS", que significa "aqui estamos".(Texto do edital, com algumas correções)
Almirante-de-Esquadra (FN) Álvaro Augusto Dias Monteiro Comandante-Geral do Corpo de Fuzileiros Navais
Edital nº 6
Artista: Alan Magalhães Processo de Impressão: ofsete Folha com 30 selos Papel: cuchê gomado Valor facial: 1º Porte Carta Comercial Tiragem: 600.000 selos Área de desenho: 35mm x 25mm Dimensões do selo: 40mm x 30mm Picotagem: 11,5 x 12 Data de emissão: 7/3/2008 Local de lançamento: Rio de Janeiro/RJ Impressão: Casa da Moeda do Brasil Prazo de comercialização pela ECT: até 31 de dezembro de 2011 (este prazo não será considerado quando o selo/bloco for comercializado como parte integrante das coleções anuais, cartelas temáticas ou quando destinado para fins de elaboração de material promocional.) Versão: Departamento de Filatelia e Produtos/ECT. (Texto do Edital)
A Brigada Real da Marinha foi a origem do Corpo de Fuzileiros Navais do Brasil. Criada em Portugal em 28 de agosto de 1797, por Alvará da rainha D. Maria I, chegou ao Rio de Janeiro, em 7 de março de 1808, acompanhando a família real portuguesa que transmigrava para o Brasil, resguardando-se das ameaças dos exércitos invasores de Napoleão. Dizia o Alvará: “Eu, a Rainha, faço saber aos que este Alvará com força de lei virem, que tendo-me sido presentes os graves inconvenientes, que se seguem, ao meu Real Serviço, e à disciplina da Minha Armada Real, e o aumento de despesa que se experimenta por haver três corpos distintos a bordo das naus e outras embarcações de guerra da Minha Marinha Real, quais são os Soldados Marinheiros: sendo conseqüências necessárias desta organização, em primeiro lugar, a falta da disciplina que dificilmente se pode estabelecer entre os Corpos pertencentes a diversas repartições: em segundo, a falta de ordem, que nascem de serem os Serviç os de Infantaria e de Artilharia, muito diferentes no mar do que são em terra: e ser necessário que os Corpos novamente embarcados aprendam novos exercícios a que não estão acostumados. Sou servida mandar criar um Corpo de Artilheiros Marinheiros, de Fuzileiros Marinheiros e de Artífices e Lastradores debaixo da Denominação de Brigada Real da Marinha...”O batismo de fogo dos Fuzileiros Navais ocorreu na expedição à Guiana Francesa (1808/1809), com a tomada de Caiena, cooperando ativamente nos combates travados até a vitória, garantindo para o Brasil o atual estado do Amapá. Nesse mesmo ano, 1809, D. João Rodrigues Sá e Menezes, Conde de Anadia, então Ministro da Marinha, determinou que a Brigada Real da Marinha ocupasse a Fortaleza de São José, na Ilha das Cobras, onde até hoje os Fuzileiros Navais têm seu “Quartel-General”.
Maiores detalhes e melhores informações podem ser encontrados na página do Corpo de Fuzileiros Navais, de onde foi retirado o texto acima.
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Foram montadas algumas peças filatélicas, com base nos selos e no envelope (FDC). Como o envelope só foi disponibilizada na Agência Filatélica de Curitiba algum tempo depois da data de lançamento, também foram utilizados envelopes comuns para preparo de correspondência circulada com data do dia de emissão (carimbo de postagem) e incluindo a aposição do carimbo comemorativo do 1º dia de circulação. Alguns filatelistas (em cujo grupo me incluo) costumam, sempre que possivel, preparar conjuntos múltiplos de selos - normalmente quadras - mediante aposição do carimbo comemorativo.
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